Minha Trajetória

Paola empreendedora, Paola biomédica, Paola esposa, Paola mãe.

Nem sempre foram esses papéis.

Já foram Paola estudante, Paola au pair (babá nos Estados Unidos), Paola estagiária, plantonista, Paola gestora da qualidade, estrategista afine-se, microbiologista, hematologista.

Vários papéis, várias versões que me fizeram aprender e me tornar a Paola de hoje. Muito mais segura do que quer, determinada e pronta para conquistar o mundo!

Essa trajetória foi linda! Iniciei biomedicina aos 17 anos, assim que me formei no ensino médio e escolhi a Biomedicina, pois era a “profissão do futuro” onde tinha 33 áreas de atuação (isso me deixava mais segura de que alguma delas eu me identificaria. A minha ideia inicial foi trabalhar com reprodução humana.

Só tinham 2 faculdades do estado do RS e mesmo assim me apaixonei. Cursei apenas 1 semestre e fui fazer intercâmbio nos EUA (mãe professora de inglês foi a maior incentivadora. O que era para ser 1 ano viraram 2, onde além de aprender o idioma amadureci muito, pois trabalhei como babá na casa de uma família americana onde tinha diversas responsabilidades).

Quando voltei para o Brasil retomei a faculdade e ter a fluência no inglês me ajudou muito e abriu portas para estágio enquanto finalizei a graduação. Nas minhas férias ou fazia cadeiras de verão (onde era monitora) ou estágios para ter mais experiência até o final da graduação. Em 2011 quando me formei estava iniciando a área da Biomedicina estética. Eu já gostaria de ter começado ali, mas sem apoio da família desisti (“é uma área muito nova, vai que não dá certo”, “espera um pouco”, enfim pela imaturidade cedi).

No final da faculdade, através de amigos em comum, conheci o amor da minha vida, o Péricles, que acompanhou toda essa trajetória.

Tive minha primeira oportunidade de emprego onde fiz esse último estágio. Era um laboratório de análises clínicas onde ganhava 9 reais a hora. No início me desanimei, me senti explorada, mas depois entendi que era de fato portas abertas para que eu pudesse aprender, então dei o meu melhor. Fazia desde a coleta de sangue, analisava todos os materiais, digitava laudos, fiquei responsável pela gestão da qualidade e auditorias internas e externas, ganhei experiência.

6 meses depois surgiu a vaga de plantonista 12/36 horas em um hospital próximo a esse meu outro local de trabalho. Aí fiquei nestes 2 empregos, dormindo 1 noite sim, 1 noite não por 1 ano, onde eu era responsável por todos os setores do laboratório então cresci ainda mais na profissão.

Até que o Péricles me pediu em casamento e fui morar com ele em Curitiba. Antes da mudança, procurei emprego lá, não foi fácil! Muitas vagas não falavam sobre o salário, queriam fazer a entrevista presencialmente então pegava ônibus de Caxias do Sul até Curtitiva, viajava a noite toda, chegava para entrevista e as vezes o salário era 800 reais. Foram tempos muito desafiadores. Até que em novembro de 2012 fiz uma entrevista e o meu chefe permitiu que fizesse os 30 dias no meus empregos atuais no Rio Grande do Sul e iniciasse em janeiro.

Aí veio o novo desafio, já que esse emprego era na área de microbiologia de alimentos e ambiental e ficava em uma cidade vizinha, São José dos Pinhais, que eu levava 1 hora para chegar de ônibus. Me ensinaram do zero, fiz muitos cursos nessa área, mas mesmo assim o salário era 1200 o que ajudava pouco, mas mais uma vez encarei como desafio. Era um emprego de segunda a sábado e com muita cobrança (muitas vezes chegava chorando em casa), fazia treinamento das funcionárias, admissão e demissão, gerência da qualidade, auditorias, era responsável pelas compras, praticamente tudo. Fiquei nesse emprego por quase 2 anos. Já estava insatisfeita há mais de 6 meses, iniciei a procura por vagas de emprego e não estava fácil. Só sai desse quando apareceu uma oportunidade de fato melhor.

Era em um laboratório de análises clínicas em Pinhais (levava 45 minutos de ônibus), outra cidade metropolitana. Neste eu ficava responsável apenas pelo setor de hematologia (que sempre foi o meu preferido) e o local de trabalho era leve, cheio de pessoas do bem. 6 meses depois a situação lá em casa apertou, pois o Péricles finalizou a residência, parou de ganhar a bolsa de estudos e começou o fellow onde não tinha remuneração e duraria 1 ano. Precisei procurar outro emprego para complementar nossa renda.

Consegui como plantonista em um hospital referência em Curitiba mesmo, o Santa Cruz. Lá fazia fixo toda sexta a noite das 19h as 7h e finais de semana das 7h as 19h. Nesse meio tempo, surgiu uma outra vaga de emprego também na área de hematologia no hospital Cajuru que ficava 10 minutos da minha casa. Mas tinha um porém: era uma vaga temporária de licença maternidade e a outra funcionária não sabia ao certo se voltaria ou não após esse período. E aí bateu a dúvida: trocar um trabalho “certo” em Pinhais em um local que eu gostava por outro temporário onde ganharia bem melhor, era mais perto de casa, mas talvez depois de 6 meses estaria desempregada sendo que nossas condições financeiras estavam complicadas.

Rezei muito, refleti, conversei com a família e junto com o Péricles decidi arriscar e foi incrível. Cresci ainda mais profissionalmente e tinha esses 2 empregos o que já me deixava com um salário melhor. Só fiquei sem finais de semana, trabalhando das 7h as 17h no hospital Cajuru, nas sextas fixo das 19h as 7h no Santa Cruz, sábados a cada 15 dias das 7h as 12h no Cajuru, todos feriados das 7h as 19h no Santa Cruz e torcendo para que de final de semana também alguém quisesse me passar o plantão para ganhar um extra.

Aí no meio desse furacão surgiu a vontade de mudar. Nos hospitais “perdia” muitos pacientes oncológicos nessa área de hematologia e isso me fazia muito mal. Pensava na família, que era uma criança que não teria a oportunidade de viver, um idoso que tinha uma qualidade de vida ruim, uma mãe de família e ficava com esse “peso” em casa. Então veio a área da estética novamente. Já estava mais bem estabelecida, já haviam biomédicos referência e precisei fazer a pós graduação para poder atuar. As aulas eram 1 final de semana por mês e demoraria 1 ano e meio para finalizar. Continuei trabalhando nos meus 2 empregos e depois de 6 meses larguei os 2 para trabalhar em outras clínicas de estética como estagiária, tudo de novo.

Neste período o Péricles já tinha finalizado o fellow, se mudou para Casca, sua cidade natal no Rio Grande do Sul, passou a morar com seus pais para ver se conseguia uma oportunidade de emprego na região já que nossa ideia era voltar a morar perto da nossa família. Eu fiquei em Curitiba ainda, me especializando, trabalhando incansavelmente e aprendendo sobre a área da estética que também era um mundo novo para mim.

Quando faltava 4 meses para finalizar minha pós, o Péricles já estava melhor estabelecido na cidade de Guaporé e eu me mudei pra cá. Mas como ainda não tinha o título de Biomédica esteta ainda não podia abrir a minha clínica, então foi a primeira vez que de fato fiquei desempregada, pois queria estudar ao máximo essa minha nova paixão: a estética. Fiz inúmeros cursos com o apoio financeiro do Péricles e já começamos as obras da minha sala de atendimentos onde atendo até hoje.

Realmente ser dona do meu negócio foi o que sempre almejei. Assim que abri meu espaço só pedia a Deus que me enviasse bons pacientes e me capacitasse para dar o meu melhor para cada um deles. E assim Ele fez! Me realizo a cada atendimento, ao fazer a diferença na vida de cada paciente que entrega nas minhas mãos seu rosto, seu sonho, sua expectativa. Uma sala de 13 metros quadrados foi onde iniciei a Paola empreendedora.

No início trabalhei com uma equipe multidisciplinar com o emagrecimento, fui estrategista Afine*se. Eu fazia a parte de estética corporal e tinha na minha equipe a nutricionista, a educadora física e a psicologa que me ajudavam a fazer a gestão de pacientes e ajudá-los na mudança de hábitos. Fiquei conhecida incialmente por isso e foi uma linda trajetória a qual me orgulho pois fiz muitas amizades e conheci pessoas maravilhosas.

Em 2020 eu realizei o sonho de engravidar da nossa primogênita Bianca. Ela nasceu em maio de 2021 e desde então me dedico a ela pela manhã nha e a tarde faço meus atendimentos com toda minha atenção. Por isso foquei minha energia nos tratamentos faciais que são minha verdadeira paixão e deu muito certo!

Agora o meu espaço ficou pequeno para tantos sonhos, por isso junto com o Péricles estamos abrindo a Lumini Rinoplastia e Estética avançada. Juntando forças para dar ao nosso paciente toda atenção e toda experiência que ele merece. Estamos muito felizes e escolhemos com carinho cada canto da clínica nova, pensando em ser a clínica referência na região, em ser conhecida não só pelos profissionais capacitados, mas também pelo atendimento único e especial. Continuarei incansavelmente buscando aperfeiçoamento tanto na área técnica como no empreendedorismo.

Olho para tudo isso é só agradeço! Desejo que todos os nossos pacientes se sintam em casa e saibam que são peças importante nessa minha trajetória!



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